Para Hawking, os buracos negros — como os concebemos atualmente — não existem. Segundo o físico, o problema com o conceito atual é a noção estabelecida pelas teorias clássicas do chamado “horizonte de eventos”, ou seja, uma fronteira bem definida que determina até onde qualquer coisa pode se aproximar de um buraco negro sem ser irremediavelmente engolida por ele para nunca mais escapar.
Relatividade x física quântica:
No entanto, os princípios da física quântica contradizem essa ideia, sugerindo que a matéria e a energia tragadas pelos buracos negros não ficam aprisionadas em seu interior indefinidamente. Assim, para explicar esse paradoxo, Hawking propõe um “horizonte aparente” — com fronteiras bem menos definidas — no lugar de um horizonte de eventos, que flutuaria conforme os efeitos quânticos.
Além disso, segundo a nova teoria, os buracos negros não deveriam ser compreendidos como buracos da morte. Hawking sugere que os buracos negros sejam compreendidos como locais nos quais a matéria e a energia são engolidas e transformadas, sendo, então, devolvidas ao universo de maneira diferente.
Segundo a nova teoria — caso fosse possível comprová-la experimentalmente —, se um astronauta caísse acidentalmente em um buraco negro, por exemplo, em vez de seu corpo queimar imediatamente em uma barreira de intensa radiação, conforme sugere a física quântica ou, ainda, ser esmagado completamente no interior do buraco, nenhum dos dois cenários aconteceria.
Fonte: MegaCurioso
Nenhum comentário:
Postar um comentário